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A mostrar mensagens de abril, 2011

Ilha da Madeira

Enfrento a Madeira, porque as suas escarpas não se percorrem nem dominam, torneiam-se. A costa norte é clivosa, tão inclinada como o inferno, tão bela como a floresta que resiste aos aluviões. Dei comigo no Jardim do Mar, localidade encantada, com uma calçada minuciosa e povoada de ar puro. Gente que vai às lapas antes do almoço. É aqui, logo abaixo, que encontro um dos maiores disparates da Madeira. Ao longo da orla do Jardim do Mar houve uma intervenção absurda que revolta os locais e todos os de bom senso. Construíram uma promenade, como aqui lhe chamam, um passeio pedestre ao longo do mar. Nada teria de mal, nada teria de ilógico, se não tivesse acabado, praticamente, com uma das melhores ondas da ilha, como corria a fama “ O Havai da Europa”. A verdade é que o turismo que movimenta os praticantes desta modalidade é uma fonte de desenvolvimento para as localidades, ainda por cima, identificado com o bem-estar ecológico. A onda já não existe e a promenade está vazia. Quem lucrou

Ilhas, Aviões e Livros

FESTIVAL LITERÁRIO DA MADEIRA Aqui me encontro, a convite da Booktailors e Nova Delphi. Apetece-me estabelecer um paralelo entre ilhas, aviões e livros. Como a praia nos desnuda a todos, assim pode funcionar um livro. O sabor dos livros não é aparência e os livros têm o sabor da existência...quantas vezes! O livro que leio, é um avião que me coloca numa ilha. Este é um encontro de escritores e leitores que não têm medo do vôo, muito menos de demonstrarem a sua insularidade. Ilhas são locais de nuvens com apetrechos tão úteis como a solidão. Os livros são a nossa sorte. São as montanhas de 1862 metros prontos a crescer um pouco mais. Possam as ilhas ser aviões, e os livros objectos voadores. Obrigada à organização por nos permitirem a nós e aos madeirenses participar neste pequeno foguetão.