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A mostrar mensagens de dezembro, 2014

A melhor viagem de sempre

(publicado pela revista Focus - Março 2011) é A VIAGEM QUE AINDA NÃO FIZ A melhor viagem que já fiz talvez seja a que ainda está por fazer. Uma ida ao topo do Kilimanjaro, às estepes da Mongólia, ao recife de coral da Austrália, às picadas de Moçambique, aos trekkings em Yellowstone na América do Norte. Porque é esta a filosofia, nunca parar. O mundo muda, a Índia que conheci em 2001 e 2002 não é a mesma que encontrei em 2007. Que não será a mesma que encontrarei neste afortunado regresso em 2011. Ainda bem que estive em Torres del Paine, extremo-sul do Chile, antes do grande incêndio que consumiu parte considerável do parque. A vida inteira não chega para explorar nem sequer metade da sabedoria do planeta. Se não estou a viajar - é uma máxima - estou a trabalhar para o fazer. A melhor viagem que realizei na vida foi a viagem que ainda não fiz. Costumo dizer aos que me rodeiam que não é só importante viajar mas fazê-lo o mais depressa possível. O mundo está em

Angkor - Cambodja : O Mais Belo Parque do Planeta

(publicado na revista Travel Safaris nº13) A história de Angkor preenche centenas de livros e mesmo assim ainda está longe de estar a descoberto. À semelhança dos seus templos durante séculos devorados pela selva, assim se mantêm algumas histórias, quiçá as mais interessantes, de um império que teve a originalidade fundir hinduísmo e budismo. Talvez por isso seja para os viajantes uma experiência que não termina com uma primeira visita. Foi essa a sensação depois de ter andado a percorrer livremente os templos durante três dias – necessitava de, pelo menos, mais três. É uma viagem de luxo que pode ser vivida com mais ou menos conforto, à escolha. De seguida conto-vos as minhas para visitar aquele que devia ser um dos principais destinos de quem se julgue um explorador. Esta não é uma crónica acabada, uma narrativa com princípio meio e fim. É uma tentativa de compreensão porque Angkor é tão extenso e tão viciante. Angkor Wat é o nome sonante reconhecido mundialmen

Jornal de Letras - há algum tempo escrevi a rubrica "Diário" - agora divulgo.

Bolívia, Cordillera Real, 2012 Raquel Ochoa 34 anos, publicou duas biografias e três romances, um dos quais distinguido com prémio literário revelação Agustina-Bessa-Luís, mas começou por escrever uma crónica de viagens “O Vento dos Outros”. Chama-lhe “língua-mãe” e o seu percurso explica porquê. Mundo aos goles (pouco) espaçados Agosto de 1999 Percorrer a Europa para fugir dela, já havia pressa de compreender o que consistia o além, sondar o transcontinental, e por isso, com três amigos, o interrail tinha a Capadócia em mente, passando por Itália, ilhas gregas, entrada por Ankara e longos percursos de autocarro até ao casario de cavernas, a paisagem de deserto esculpido. Agosto de 2000 Foi tão grande o impacto da primeira viagem que logo se criou nova oportunidade de partir. Desta vez, outro interrail, sem companhia a maior parte do tempo, pelas ilhas croatas, ao longo da Europa do Leste, Alemanha e Holanda. Viajar só com a mochila, um caderno e dois livros